XT-1 • O Futuro do Pretérito

As câmeras fotográficas são ferramentas que causam um certo fascínio entre os fotógrafos. Isso é um fato inegável. A Lígia sempre disse isso e eu não discordo. Não é como um pincel de um artista, cujo instrumento se reduz a um pouco de crina de cavalo espetada em um minúsculo pedaço de pau. A câmera fotográfica é mágica! Ela possui botões para serem apertados, rodinhas para serem rodadas, interruptores para serem acionados. Lá dentro rola toda uma mecânica barulhenta e instigante, acionada (nos dias de hoje) por motores eletrônicos. A câmera é complexa. Um instrumento de desejo. Um brinquedo para os adultos. Na verdade, é lente que é o grande ‘tchan’ do negócio, a principal responsável pela qualidade técnica de nossas fotografias… mas é a câmera que tira as noites de sono de um fotógrafo, em especial os iniciantes

Câmera Sigma DP1 Merrill – Um protótipo em linha de produção.

Testando câmera da Sigma (sim, a Sigma também produz câmeras, não apenas lentes), modelo DP1 Merrill, cujo sensor é o famoso e polêmico APS-C Foveon X3, que promete (segundo a Sigma) uma qualidade de imagem excepcional e nitidez acima da média.

Antes de mais nada, o sensor Foveon dispensa os filtros de cor ao empilhar três camadas de fotorreceptores, um pra cada componente do padrão RGB. Ou seja, ao invés de cada pixel possuir três leds de cor (azul, verde e vermelho), o Foveon possui três sensores, um específico pra cada canal de cor, porém empilhados