Ei amigos do Casal da Foto! Todo semana a gente lhe apresenta um fotógrafo novo pra você ir conhecendo profissionais interessantes ao redor do mundo e ampliando seus horizontes fotográficos.
Todo mundo sabe que o Japão é um país super povoado (tem metade da população do Brasil em uma área menor que a de Minas Gerais) e dotado de grande infra-estrutura tecnológica. Possui duas metrópoles entre as 12 maiores do mundo e algumas regiões possuem os maiores superlativos populacionais do planeta, como o maior sistema ferroviário urbano do mundo utilizado por 80 milhões de pessoas diariamente; o cruzamento mais movimentado do planeta (em Tóquio, numa região que se chama Shibuya); dentre outos exageros em números populacionais.
Apesar disso, o Japão possui também áreas isoladas e bem sossegadas, praticamente desprovidas de qualquer agito urbano. No Japão são famosas aquelas máquinas automáticas de venda de bebidas (chamadas de jihanki), onde se coloca uma moedinha e seleciona a bebida do seu gosto. Os campeões de venda são os cafés (quentes e gelados) e os chás. É possível encontrarmos essas máquinas em toda esquina das cidades japonesas, e até em áreas bastante isoladas.
O fotógrafo japonês Eiji Ohashi, numa certa noite, foi pego de surpresa por uma tempestade de neve intensa e teve que ir caminhando pra sua casa com muita dificuldade de enxergar as coisas pelo caminho, pois tudo estava muito escuro em função do nevoeiro. Por conta disso ele foi usando apenas as luzes das máquinas de venda de bebidas como guia. Depois que a nevasca se cessou ele percebeu o quanto as jihankis são úteis, não apenas para nos aquecer com cafés quentes em dias frios, como pra ajudar moradores de áreas isoladas a se localizarem. Eiji Ohashi se sente eternamente grato a essas máquinas pela sua funcionalidade… e por ter conseguido chegar em casa são e salvo.
E desde então, Ohashi passou os últimos nove anos fotografando obsessivamente belas paisagens noturnas do Japão que são “povoadas” apenas por máquinas de venda automática. Seu trabalho ganhou atenção tanto em casa, no Japão, como no exterior (contando com exposições em Paris e Roterdã), e também é exposto no livro “Roadside Lights”.
Viajando sozinho em todo o arquipélago japonês em busca de tais cenas, Ohashi passou a ver a máquina automática como um símbolo da perseguição japonesa por conveniência, ao mesmo tempo em que reconhece que a proliferação generalizada das máquinas é um testemunho do quão seguro é o país. Esta ambiguidade de sentimentos se manifesta em seu trabalho.
“A vida no Japão tornou-se extremamente conveniente, mas ainda não parece haver fim para a busca de maior conforto”, disse ele ao jornal The Japan Times. “Essa busca continua implacavelmente, mas não precisamos deste grau de conveniência para viver. Em vez disso, tendo alcançado esse nível de conforto, devemos agora perguntar qual é a verdadeira essência da felicidade “.
Como um ex-empregado e atual fotógrafo autônomo, Ohashi observa que as máquinas de venda automática funcionam incansavelmente dia e noite, facilitando a vida dos compenetrados trabalhadores japoneses. Conheça mais sobre seu trabalho: sapporo-creation.com
Tem vontade de se aventurar pelo maravilhoso universo da fotografia autoral e desenvolver seu próprio estilo assim como Eiji Ohashi? Conheça nosso Curso Completo Caçadores de Imagens. Se inscreva na lista de espera e participe do nosso próximo workshop de fotografia on-line 100% gratuito. Vem com a gente, seja você também um caçador de imagens. Acesse e se inscreva:
LISTA DE ESPERA PARA O WORKSHOP GRATUITO CAÇADORES DE IMAGENS!
Confira também os outros fotógrafos que já falamos um pouco sobre:
– ERIC MENCHER E A FOTOGRAFIA DOCUMENTAL
– COLE RISE, O FÓTOGRAFO AUTORAL QUE DEU ORIGEM AO “RISE” NOS FILTROS DO INSTAGRAM
– GREG GIRARD – UM IDEAL DE PERSISTÊNCIA NA FOTOGRAFIA URBANA
– A FOTOGRAFIA AUTORAL DE KEIKO MIZUKAI
– DAVID DREBBIN E A FOTOGRAFIA NEO FILM NOIR
– ROGER STONEHOUSE: AS CORES VÍVIDAS E O REALISMO NA FOTOGRAFIA DOCUMENTAL
– OS TONS PASTÉIS NA FOTOGRAFIA AUTORAL DE MARIA SVARBOVA
– A FOTOGRAFIA AUTORAL SURREAL DE JOHN WILHELM
– A FOTOGRAFIA CÂNDIDA DAS RUAS CHINESAS POR ZHANG JIA WU
– WILLY SPILLER, O FOTÓGRAFO QUE RETRATOU O CAÓTICO METRÔ DE NOVA IORQUE NOS ANOS 70
– MASAYOSHI NAITŌ: O MISTÉRIO E A CONTEMPORANEIDADE URBANA DO JAPÃO
– JENIFER BIN E SUA VISÃO SURREAL, FUTURISTA E GEOMÉTRICA DA CHINA
Olá estou querendo comprar uma máquina fotográfica para fotografar meu trabalho, trabalho com cortinas sob medida e tenho dificuldades de registrar os modelos pois sempre tenho que tirar de frente pra janela e a foto sai escura pois entra a luz da janela de fundo.
Olá Naura,
Tudo bem? No seu caso o problema não é o equipamento e sim as configurações utilizadas e o horário que você está fazendo as fotografias. O ideal é que faça as fotografias à noite para evitar o contraluz ou que utilize o modo manual para superexpor a foto. Um grande abraço! 🙂