A fotografia de rua está cheia de clichês. Isso não é novidade. Mas, se você deseja se destacar, ser lembrado, ou mesmo ganhar um concurso, a originalidade é um caminho sem volta. Neste artigo, vamos falar sobre os temas mais batidos na fotografia de rua e, principalmente, como superá-los para desenvolver uma linguagem aut-los para desenvolver uma linguagem aut\u00eoral.
O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESTE ARTIGO:
- Clichê nº 1: Pessoas com guarda-chuvas
- Clichê nº 2: Barras na praia
- Clichê nº 3: Desfiles religiosos
- Clichê nº 4: Cópias de Alex Webb
- Clichê nº 5: Desfoque por desfoque
- Clichê nº 6: Pombos e passarinhos em voo
- Clichê nº 7: Crianças com armas de brinquedo
- Clichê nº 8: Fotos com drones
- Conclusão: copie para aprender, crie para viver
Clichê nº 1: Pessoas com guarda-chuvas
Sim, cenas na chuva têm um charme natural. E quem nunca sentiu vontade de registrar uma pessoa atravessando uma rua molhada, envolta em um guarda-chuva colorido? Mas essa imagem já foi feita mil vezes.
O problema não é o tema, mas a repetição sem reinvenção. Pergunte-se: o que você está dizendo com essa imagem? Está apenas copiando algo que viu no Instagram? Se sim, talvez seja hora de apagar algumas fotos e seguir em frente.
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Clichê nº 2: Barras na praia
Composições complexas com crianças brincando ou adultos se exercitando nas barras têm virado uma fórmula exaustivamente repetida.
Se você viu uma vez, viu dezenas. O enquadramento não muda, o tipo de corpo não muda, a praia é quase sempre a mesma. Falta surpresa, falta novidade. A pergunta que fica é: você está criando ou reproduzindo?

Clichê nº 3: Desfiles religiosos
Chapéus, capuzes, trajes cerimoniais. Tem potencial visual? Sim. Mas em séries de concursos, essas imagens se repetem tanto que já não causam impacto. Além disso, correm o risco de reforçar estereótipos ou se apoiar apenas no inusitado da vestimenta.
Se o seu olhar é superficial, a imagem também será.
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Clichê nº 4: Cópias de Alex Webb
As imagens complexas, cheias de camadas, luz e sombra, são uma marca registrada de Alex Webb. E, não à toa, são amplamente copiadas.
O problema é que copiar o estilo sem compreendê-lo gera resultados vazios. A composição pode até parecer tecnicamente correta, mas falta alma, falta identidade.
Deixe Alex Webb ser Alex Webb. Seja você mesmo.
Clichê nº 5: Desfoque por desfoque
Sim, o desfoque pode ser um recurso expressivo. Mas ele precisa estar a serviço de algo. Muitas fotos borradas tentam passar como “experimentais” quando, na verdade, apenas não funcionaram.
William Klein usava o desfoque como linguagem, não como muleta. A pergunta é: você está desfocando com intenção ou por falta de controle?
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Clichê nº 6: Pombos e passarinhos em voo
Eles dão movimento, certo? Sim, mas também já são parte do “kit clichê” de muitos fotógrafos de rua. A não ser que seu enquadramento seja genuinamente singular, pense duas vezes.
Capturar um pombo em pleno voo não é mais novidade. O desafio é transformar o banal em algo seu.

Clichê nº 7: Crianças com armas de brinquedo
Esse tema já teve seu momento na fotografia documental. Mas hoje, beira o incômodo gratuito. Além do risco ético envolvido, o impacto visual é quase sempre forçado e repetitivo.
Use seu olhar para provocar reflexão, não para chocar por chocar.
Clichê nº 8: Fotos com drones
Sim, a fotografia aérea é linda. Mas o olhar de cima já não surpreende como antes. Com drones acessíveis, essa perspectiva se tornou comum.
A vista aérea precisa dialogar com o conteúdo. Do contrário, é só mais uma imagem bonita, mas vazia.

Conclusão: copie para aprender, crie para viver
Copiar faz parte do aprendizado. Mas ficar preso à repetição é ficar na superfície. O que diferencia um fotógrafo comum de um artista é a capacidade de ver diferente, de propor, de arriscar.
Se você quer ser levado a sério, seja sério com sua própria linguagem. Reflita sobre o que você está dizendo com suas fotos. Rompa padrões, questione clichês, reinvente motivos. E, acima de tudo, seja autêutico.