A fotografia australiana ocupa Arles — e faz história.
O Rencontres d’Arles 2025, considerado o mais prestigiado festival de fotografia do mundo, abre espaço para uma mostra sem precedentes: “On Country: Photography from Australia”. A exposição destaca mais de 200 obras de fotógrafos australianos — indígenas e não indígenas — que refletem a complexidade, a beleza e os conflitos da relação entre povo, terra e identidade.
Notícias de Última Hora:
- Fotografia como território: o que está em jogo
- Destaques que merecem atenção — e inspiração
- O que fotógrafos brasileiros podem aprender com Arles 2025
- Conclusão: quando a fotografia transforma

Fotografia como território: o que está em jogo
A exposição é uma oportunidade histórica. Com curadoria de Pippa Milne e Brendan McCleary (PHOTO Australia) e cocuradoria da artista e pesquisadora indígena Kimberley Moulton, a mostra ressignifica o papel da fotografia como ferramenta de resistência, pertencimento e reparação.
“Estamos todos no país de alguém”, afirma Moulton. E é esse espírito de respeito e escuta que guia a exposição.
De imagens feitas com técnicas históricas, como o colódio úmido, até colaborações com comunidades remotas, os trabalhos mostram uma Austrália que poucos conhecem. O festival deve receber mais de 160 mil visitantes internacionais.
Destaques que merecem atenção — e inspiração
- Brenda L. Croft apresenta retratos de mulheres indígenas em homenagens à figura histórica Barangaroo, desafiando a iconografia colonial.
- Tony Albert e David Charles Collins usam o imaginário pop para dar voz a jovens indígenas em sua série Warakurna Superheroes.
- Michael Cook inverte papéis em sua série Majority Rule, convidando o público a imaginar uma Austrália liderada por seus povos originários.
- Adam Ferguson e Liss Fenwick exploram, cada um a seu modo, a paisagem australiana contemporânea com um olhar crítico e poético.
Cada imagem tem peso político, simbólico e visual — uma chamada à escuta e à reconstrução de imaginários.





O que fotógrafos brasileiros podem aprender com Arles 2025
A exposição australiana mostra como a fotografia pode ser mais do que técnica: ela pode ser um ato de presença. Um gesto de autocuidado cultural. Um canal de reconexão com a origem.
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Conclusão: quando a fotografia transforma
O Rencontres d’Arles 2025 não apenas celebra a fotografia australiana — ele aponta caminhos. Para artistas, curadores e estudantes do mundo inteiro, é um convite a pensar imagem como território.
A arte pode ser suave e bela, mas também firme, ancestral e insurgente. E é quando ela toca esses extremos que seu poder se revela.