Agosto chegou carregado de boas notícias para quem respira arte, fotografia e cultura visual. Em diferentes cidades do país, exposições instigantes ocupam os museus e centros culturais com temas que vão da natureza devastada ao cotidiano urbano, da estética japonesa à resistência ambiental.
Se você busca novas referências visuais, ideias para seus projetos ou apenas aquele passeio inspirador, aqui vai nossa curadoria com as exposições mais relevantes para visitar em agosto de 2025.
O QUE VOCÊ VAI APRENDER NESTE ARTIGO:
- Festival Mês da Fotografia
- Gente de Verdade • Paiter Suruí – Coletivo Lakapoy
- Tudo Que Nasce Vermelho – Luara Macari
- Zipper Galeria (São Paulo) — Até 23 de agosto:
- Fullgás – Arte e Gerações 80 no CCBB São Paulo
- Exposição de Arte & Fotografia na Galeria Mario Cohen (SP)
- Frans Krajcberg: Reencontrar a Árvore
- Anatomia Pré-Fabricada: Um Morar no Japão
- Por que visitar exposições ajuda sua fotografia?
- Dica final
Festival Mês da Fotografia
O Festival Mês da Fotografia, realizado anualmente em agosto, é uma das mais importantes mostras de imagem do país. Em 2025, ele reúne quatro exposições com curadoria sensível e temática sobre escuta, memória e potência visual. Entre elas:
- “Nada Sobre Nós, Sem Nós!”, do projeto Vivências Inclusivas
- “Sob os Pés do Mundo: uma experiência sensorial em Brasília”
- “Sons da Terra: Começo, Meio e Começo”
- “Nego Fugido”, de Nicola Lo Calzo
A programação inclui visitas guiadas, performances, projeções e debates. É um evento gratuito e profundamente engajador, misturando arte, ativismo e experiência visual.
Gente de Verdade • Paiter Suruí – Coletivo Lakapoy
Onde: IMS Paulista
Até: 2 de novembro de 2025
Documenta a trajetória do povo indígena Paiter Suruí por meio de imagens históricas e contemporâneas. A mostra reflete sobre pertencimento, ancestralidade e memória visual.
Tudo Que Nasce Vermelho – Luara Macari
Onde: MAC USP – Parque Ibirapuera
Até: 26 de outubro de 2025
Trabalhos que atravessam o corpo, a cor vermelha e sentidos de presença e urgência poética.
Zipper Galeria (São Paulo) — Até 23 de agosto:
- Gesto Paramétrico, de Rizza
- Fome do Cão, de Ian Salamente
Duas mostras contemporâneas com reflexão sobre linguagem e sensorialidade visual.
Fullgás – Arte e Gerações 80 no CCBB São Paulo
Explore pinturas e artes visuais da produção dos anos 80. Embora não seja fotografia pura, a ambientação estética dialoga com grafismo urbano e análise visual — ideal para quem busca referências visuais do cotidiano e cultura pop.
Exposição de Arte & Fotografia na Galeria Mario Cohen (SP)
Em agosto, a artista Elaine Pessoa inaugurou a mostra “Exploratorius”, que mistura fotografias, colagens digitais e inteligência artificial para investigar a paisagem brasileira e seu viés colonial. A abertura ocorreu em 19 de agosto e trouxe expandida reflexão visual.
Frans Krajcberg: Reencontrar a Árvore
Onde: MASP – Museu de Arte de São Paulo
Até: 19 de outubro de 2025
Uma exposição essencial para quem se interessa por arte engajada e linguagem visual potente. Krajcberg transforma restos de árvores queimadas em esculturas vigorosas, combinando estética e ativismo ecológico. São mais de 50 obras que refletem a relação entre arte e natureza — um tema que também atravessa a fotografia contemporânea. Se o seu olhar fotográfico flerta com a denúncia ou com a paisagem poética, prepare-se para sair transformado.
Anatomia Pré-Fabricada: Um Morar no Japão
Onde: Japan House São Paulo
Até: 12 de outubro de 2025
Arquitetura, design e memória coletiva se misturam nesta exposição que explora a moradia japonesa no pós-guerra. Casas compactas, pré-fabricadas, cheias de soluções criativas para o cotidiano — tudo isso documentado em imagens, plantas e instalações. Uma aula sobre composição, geometria e luz natural. Para quem fotografa interiores, cidades ou habitação, é pura inspiração.
Por que visitar exposições ajuda sua fotografia?
Porque olhar arte alimenta o olhar.
Visitar uma exposição é como sair para fotografar sem câmera: você treina o olho, afina o gosto, amplia as referências. A luz numa instalação pode te ensinar mais sobre contraste do que um tutorial no YouTube. Uma escultura pode te inspirar na direção de um retrato. Um cartaz pode virar série fotográfica.
- Expansão do repertório visual: exposição ao que é contemporâneo, diverso e provocativo.
- Aprendizado sensorial: entender como cor, textura, som e espaço geram narrativa.
- Inspiração direta para séries fotográficas, projetos e ensaios visuais.
Fotografar é, antes de tudo, ver. E ver melhor exige repertório.
Dica final
Se for a alguma dessas exposições, leve um caderno, não um celular. Anote sensações, ideias, esquemas de iluminação. Depois, transforme isso em ensaios, projetos, postagens ou exercícios criativos.
E se quiser continuar nessa jornada visual com a gente…
