H&M Apresenta Fotos com Modelos Criados por IA e Gera Debate

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A gigante da moda H&M revelou oficialmente os chamados “gêmeos digitais”, modelos criados por inteligência artificial com base em imagens reais de pessoas. As fotos geradas parecem reais à primeira vista — e esse é justamente o ponto que tem levantado questionamentos na comunidade criativa.

As imagens, criadas por algoritmos de aprendizado de máquina, mostram modelos digitais vestindo roupas da marca em ambientes urbanos realistas. A iniciativa segue a tendência de outras grandes marcas como Mango e Levi’s, que também lançaram campanhas com imagens criadas por IA para aumentar diversidade ou reduzir custos de produção.

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H&M APRESENTA FOTOS COM Modelos Criados por IA e Gera Debate

Criatividade humana x inteligência artificial

Apesar das críticas sobre o possível impacto na indústria fotográfica, a H&M afirma que não pretende substituir profissionais da área. Em uma postagem no Instagram, Jörgen Andersson, Diretor de Criação da marca, afirmou:

“Não é uma questão de homem versus máquina, é homem e máquina. O que a IA pode fazer é ampliar a criatividade humana.”

O fotógrafo Johnny Kangasniemi, colaborador da H&M, também defendeu a tecnologia:

“Não acredito que a IA vá substituir a fotografia. Para mim, é apenas mais uma ferramenta a serviço da criatividade.”

Mas nem todos concordam. Um seguidor comentou diretamente a Kangasniemi:

“Você pode explicar seus comentários sobre os fotógrafos não estarem sendo substituídos? A H&M costumava contratar muitos fotógrafos para e-commerce e lookbooks. Agora, com IA, isso parece estar mudando.”

Como são criados os modelos por IA?

Os “gêmeos digitais” são criados a partir de dezenas ou centenas de fotos reais tiradas dos modelos — em diferentes poses, ângulos e condições de luz. Essas imagens alimentam um algoritmo que aprende a gerar representações hiper-realistas do modelo original, permitindo que a marca crie campanhas visuais sem novos ensaios físicos.

O que preocupa muitos profissionais criativos é a sutileza com que essas imagens se misturam ao conteúdo real: para o público, pode ser difícil perceber que se trata de imagens 100% sintéticas. Isso levanta questões sobre transparência, direitos autorais, substituição de profissionais e até ética na publicidade.

Reflexão: o futuro da fotografia está ameaçado?

Embora a IA esteja sendo apresentada como uma ferramenta complementar, seu uso comercial crescente exige uma reflexão mais profunda. Profissionais de fotografia, maquiagem, styling e produção têm motivos legítimos para questionar o impacto da automação nas suas áreas.

O debate está lançado — e a forma como marcas como a H&M lidam com essa transição pode moldar o futuro da indústria visual como a conhecemos.

Comece por onde estiver, com o equipamento que tiver. Mas se quiser um guia, aqui vão três opções especialmente pensadas para te acompanhar nessa jornada:

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