Nikon CP+ 2025: IA, Vídeo RAW e Sensores Semi-Staked

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Na CP+ 2025, uma das maiores feiras de fotografia do mundo, Mitsuteru Hino — responsável pelo planejamento de UX e corpos de câmeras na Nikon — compartilhou em entrevista uma visão estratégica poderosa sobre o futuro da fotografia digital. Entre sensores revolucionários, integração com IA e parcerias com gigantes do vídeo como a RED, a Nikon mostrou que está olhando para frente. Neste artigo, vamos destrinchar os principais pontos e o que isso pode significar para fotógrafos e videomakers que acompanham O Casal da Foto.

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Nikon CP+ 2025: IA, Vídeo RAW e Sensores Semi-Staked
Responsável pelo planejamento de UX e pela definição dos produtos da linha de corpos de câmera da Nikon, Mitsuteru Hino conduz parte das decisões mais estratégicas da empresa.

Sensor Semi-Staked: equilíbrio entre velocidade e custo

A Nikon Z6 III é a primeira câmera da marca a usar um sensor semi-stacked, que permite leitura 3,5x mais rápida do que o modelo anterior (Z6 II). Isso se traduz em:

  • Disparo contínuo de até 120 fps com pré-captura de até 1 segundo;
  • Menor distorção de rolling shutter, dispensando o obturador mecânico;
  • Melhor rastreamento de foco no visor eletrônico;
  • Vídeo em Full HD 240 fps, 6K RAW 60 fps e 5.4K 60 fps.

É uma solução mais acessível do que os sensores full stacked das Z8 e Z9, mantendo performance avançada com custo reduzido — ótimo para quem busca qualidade profissional sem chegar ao topo da linha.


A aposta da Nikon no vídeo e em RAW

Desde a aquisição da RED, em 2024, a Nikon vem se posicionando fortemente no mercado de vídeo. A filosofia é clara: assim como o formato RAW revolucionou a fotografia, o RAW em vídeo vai se tornar o novo padrão para quem busca flexibilidade e máxima qualidade.

Graças ao avanço nos computadores, editar vídeos em 6K e até 8K RAW já é possível em máquinas intermediárias. Isso democratiza o acesso à pós-produção de alto nível, inclusive em câmeras na faixa dos US$ 2.000.

Além disso, o Z-mount da Nikon casa perfeitamente com os corpos RED lançados em fevereiro (V-Raptor X e Komodo X), criando um ecossistema híbrido entre foto e vídeo.

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Lentes e filosofia ótica: entre f/1.8, f/1.4 e f/1.2

A Nikon explicou por que aposta em várias linhas de lentes com diferentes aberturas:

  • Lentes f/1.8: iniciaram o sistema Z, mas muitos acharam caras demais para essa faixa.
  • Lentes f/1.4: oferecem bom equilíbrio entre peso, preço e performance (mas não são da linha S-Line).
  • Lentes f/1.2 S-Line: máxima qualidade ótica desde a abertura máxima, com consistência total em qualquer f/stop.

É uma forma de atender tanto quem prefere versatilidade de rendering (f/1.4) quanto quem exige excelência ótica sem variações (S-Line f/1.2).


IA além do foco: seleção automática de imagens

Um dos pontos mais promissores da entrevista foi o uso da inteligência artificial não apenas para foco, rastreamento e exposição automática — mas também para seleção de imagens.

Câmeras como a Z9 podem capturar 120 quadros por segundo. Escolher a melhor foto entre centenas virou um desafio. A Nikon quer usar IA para:

  • Analisar expressões, nitidez, enquadramento e luz;
  • Sugerir ou selecionar automaticamente os melhores frames;
  • Economizar tempo de edição, especialmente em ensaios, esportes ou eventos.

Para quem fotografa casamentos, por exemplo, isso pode ser uma revolução.

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Compactas Premium, controle remoto e C2PA

Outros destaques da entrevista:

  • Compactas premium podem voltar, impulsionadas por criadores de conteúdo e TikTok;
  • A Nikon quer facilitar capturas remotas com múltiplas câmeras operadas por controle e robôs, como visto nas Olimpíadas;
  • Está em desenvolvimento uma tecnologia de autenticação C2PA, garantindo a veracidade das fotos — essencial para fotojornalismo e, futuramente, também para fotógrafos autorais.

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Conclusão

A entrevista de Hino mostra uma Nikon mais aberta à inovação e sintonizada com as transformações criativas da imagem. Seja com IA para seleção, RAW em vídeo, sensores híbridos ou colaboração com marcas como a RED, a marca parece pronta para disputar um espaço de destaque em um futuro dominado pela convergência entre fotografia, vídeo e inteligência computacional.

E para quem é apaixonado por contar histórias com imagens, esse futuro é promissor.

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