Gigantes da fotografia e banco de imagens unem forças para enfrentar o avanço da inteligência artificial no mercado visual
Em um movimento que promete transformar o setor de imagens digitais, as gigantes Getty Images e Shutterstock anunciaram uma fusão avaliada em impressionantes US$ 3,7 bilhões, criando um verdadeiro império global do licenciamento visual.
A união das duas maiores plataformas de banco de imagens do mundo visa fortalecer o setor diante da ameaça crescente representada por ferramentas de inteligência artificial generativa, como DALL·E, Midjourney e Firefly, que vêm mudando radicalmente a forma como imagens são criadas, comercializadas e consumidas.
Notícias de Última Hora:
- Uma fusão para sobreviver à era das imagens sintéticas
- O que muda para fotógrafos e criadores?
- IA como ameaça e oportunidade

Uma fusão para sobreviver à era das imagens sintéticas
Com a popularização de imagens geradas por IA e o uso cada vez maior de ferramentas automatizadas por empresas e criadores de conteúdo, o modelo de negócios tradicional dos bancos de imagem foi colocado em xeque.
Getty e Shutterstock, que durante anos foram rivais, agora se unem com um objetivo em comum: proteger o valor da fotografia profissional e recuperar o controle sobre os direitos autorais e a originalidade no mercado visual.
O que muda para fotógrafos e criadores?
A fusão pode trazer impactos importantes para fotógrafos e artistas visuais que vendem conteúdo pelas plataformas:
- Unificação de acervos: um dos maiores catálogos de fotos, vídeos e ilustrações do mundo ficará sob o mesmo guarda-chuva.
- Política de royalties e contratos pode mudar: com a fusão, é possível que haja revisões nos percentuais pagos aos contribuidores.
- Concorrência reduzida: fotógrafos poderão enfrentar um mercado mais concentrado, com menos opções para licenciar suas imagens.
- Nova estratégia contra IA: as empresas devem investir em ferramentas de rastreamento de uso e em treinamentos éticos de IA com base em conteúdo licenciado.
IA como ameaça e oportunidade
Nos últimos meses, tanto a Getty quanto a Shutterstock têm se posicionado fortemente em relação ao uso de suas imagens no treinamento de modelos de IA.
A Getty, inclusive, moveu ações judiciais contra empresas que utilizaram suas fotos sem autorização para alimentar algoritmos generativos. Agora, com a fusão, o novo conglomerado poderá atuar com mais força na defesa dos direitos autorais em uma era dominada por deepfakes e imagens sintéticas.